domingo, 30 de maio de 2010

RELAÇÃO AFETIVA: PROFESSOR X ALUNO

Agora que já temos uma caminhada mais significativa juntos, penso estar conseguindo achar o ritmo dos alunos na realização das tarefas e da aprendizagem. Já consigo observá-los e identificar quando compreenderam, ou estão confusos em relação a novas experiências e habilidades. Posso avaliá-los melhor para auxiliá-los quando achar que os mesmos estão com dificuldades.
Para Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: o cognitivo e o afetivo. Ambos caminham juntos, paralelamente e ambos tem grande influência sobre o intelectual, pois afeto inclui desejos, sentimentos, valores e emoções em geral. A sala de aula é um espaço de vida e sendo assim, a relação pedagógica se assentará, de fato, no solo do caminhar humano, trilhado de dúvidas e incertezas, emoções e sentimentos. A sala de aula é um espaço de intercomunicação e de troca de afeto. Acredito que não há aprendizado sem essa relação entre professor e aluno, temos que ter confiança em nossos relacionamentos sejam eles quais forem. Na escola, essa confiança é adquirida pela convivência, com certeza o tempo é parceiro, mas é através deste vínculo que podemos perceber melhor nossas crianças e ajudá-las no que for necessário e trazendo atividades significativas, pois estabelecido o vínculo, a preocupação do professor é muito maior que outrora.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

LUDICIDADE

Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brincadeiras a todo momento. São atitudes lúdicas do educador e do educando. O professor poderá em determinadas horas fantasiar e dirigir alguns momentos específicos para a brincadeira, tendo o cuidado para que seus objetivos sejam alcançados, que é ser um mediador na aprendizagem.
O ideal é que o professor esteja envolvido naquilo que se propôs a fazê-lo: na formação de seus educando. Envolver o lúdico e sala de aula, não é uma tarefa fácil, pois já se vem com padrões instituídos, marcante pela escola tradicional, centrada e valorizando muito a transmissão de conteúdo.
As brincadeiras poderiam ser atividades integrando a ação, o pensamento e o sentimento. Uma dinâmica com exercícios de relaxamento e respiração, por exemplo, no meio de uma atividade, onde o professor perceba o cansaço, já integra o aluno numa apreciação pelo conteúdo, tornando-se agradável a hora do aprender.
Realizando atividades sobre o nosso dinheiro (sistema monetário), pensando e buscando nas leituras anteriores ao longo do curso, encontrei na interdisciplina de LUDICIDADE E EDUCAÇÃO, o que procurava para dar mais prazer em aprender.
Com “dinheirinho” fizemos brincadeiras. Os alunos teriam que sacar seus salários no caixa de um banco. Cada um ganhou uma quantidade diferente, para que pudéssemos brincar usando diferentes valores. Foi realmente muito divertido e meu objetivo plenamente atingido.
É importante notar que, as atividades lúdicas podem - e devem - ser desenvolvidas em todas as disciplinas que compõem o currículo escolar. Não existem componentes curriculares que, necessariamente, sejam mais propícios ao jogo, assim como também não existem séries onde devam prevalecer as brincadeiras, e outras onde estas e os jogos estejam ausentes.
Freqüentemente, acredita-se que as atividades lúdicas sejam próprias das séries iniciais ou mais afetas a algumas disciplinas, como a Educação Física ou Artística. Entretanto, o que se verifica é que o ato de brincar - tão privilegiado pelas crianças e adolescentes - ocupa poucos espaços na escola: espaços onde é "permitido" brincar, onde supostamente não se realiza um trabalho sério, como se a brincadeira e o jogo não fossem importantes para o desenvolvimento da capacidade de pensar, refletir, abstrair, organizar, realizar, avaliar.




segunda-feira, 17 de maio de 2010

AUMENTANDO O VOCABULÁRIO

Procurando saber como iria começar introduzindo palavras escritas com a letra F. Voltei as leituras oferecidas durante o curso e encontrei o que estava procurando no Texto reflexivo sobre a importância do uso de temas geradores na prática pedagógica.
Paulo Freire foi quem criou um método de alfabetização utilizado inicialmente somente para adultos, baseado nos temas geradores. Desenvolvia o cotidiano dos alunos, isto é, que o aluno aprenda a partir de palavras que façam parte de seu dia a dia e com isso tenham uma maior significação para o mesmo.
Em um primeiro momento o educador se intera sobre o que o aluno conhece e o mesmo traz sua cultura de mundo para dentro da escola. Na oralidade de uma palavra significativa para o aluno, será realizada a representação escrita e visual do objeto que a designa. É um grande desafio pois vai começar a compreender o mundo da leitura e da escrita partindo de um conhecimento que já tem, sabe o que aquela palavra significa na sua vida, e desfrutar visões do mundo baseadas nas suas experiências, e ao mesmo tempo vai interagindo com colegas e aprendendo no coletivo.
Usando desta ferramenta, os temas geradores, Freire tornou a aprendizagem mais leve, mais atrativa e significativa e paralelamente fez com que o aluno precisasse refletir acerca daquilo que aprendia. Ajudando no seu processo de construção de uma visão crítica da realidade, problematizando-a, dessa forma promovendo a ação e transformação do sujeito.
“alfabetizar conscientizando”.
Enfim, quando o que se aprende tem significado, gera uma expectativa e se interage com muito mais prazer.
Fiz a provocação para meus alunos. Eles começaram a procurar palavras conhecidas do seu cotidiano. Parti dali o aprendizado.
Foram escrevendo no caderno como sabiam a seguir escrevi no quadro. Obtivemos uma enorme listagem, valia inicial ou no meio da palavra. Parti então para várias atividades. Recortaram de revista, colaram as palavras escritas com a letra F no caderno.

REFERÊNCIAS

Frei Betto. Paulo Freire: a leitura do mundo. Fonte:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf, acesso em 30/10/2009.

domingo, 9 de maio de 2010

TRABALHANDO COM JORNAL

Não poderia deixar de registrar esta atividade que realizei com os alunos sobre conhecendo diferentes modos de leituras. O Jornal... Notei uma grande participação e interação deste conteúdo.
As crianças puderam expressar seus conhecimentos prévios, valorizando suas idéias e compartilhando suas vivências e hábitos de pequenos leitores.
Inicialmente fizemos um pequeno debate sobre o assunto:
* Quais são os jornais que vocês conhecem?
* Quais são os mais importantes?
* Quais são lidos nas casas de vocês?
* Onde são encontrados?
* Para que servem?
* De quanto em quanto tempo são publicados?
Após tudo ter sido anotado, cada aluno teve um exemplar a fim de que pudesse examiná-lo. No próximo momento houve a intervenção da professora provocando-os a identificar a capa do jornal como sendo a parte onde estão as manchetes, isto é, o que terá de mais importante na leitura daquela edição. E também que manchetes são notícias resumidas para chamar atenção do leitor.
O resultado foi extremamente obtido. Todos conseguiram identificar o que era uma manchete e por fim confeccionaram uma capa de jornal, com notícias retiradas do mesmo.
Obs.: Mesmo os que ainda não estão ”alfabetizados” conseguiram realizar o trabalho.

Neste pequeno projeto foi explorada a oralidade, linguagem visual e a escrita, possibilitando maior autonomia dos alunos, na construção de definições de objetos e fatos. O professor deverá propor atividades atraentes e conduzir os alunos na construção do conhecimento a partir de suas vivências, respeitando os limites da criança.
O diálogo, a pesquisa, o aprender a compartilhar e a trocar informações, são pontos essenciais na construção de todas as fases de um projeto.
REFERÊNCIAS
HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. In: _____. A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed, 1998.






Momento do experimento.









Interando-se com as letras...


Construindo a capa...

Concluindo o trabalho.



quarta-feira, 5 de maio de 2010

DATA DE ANIVERSÁRIO

Foi muito gratificante ver meus alunos entusiasmados na confecção do cartaz sobre as datas de seus nascimentos. Foi também importante esclarecer que a data de aniversário é a mesma da de nascimento, sem o ano. No início ficaram meio confusos, porém um aluno que estava de aniversário, explicou dizendo “ ... é claro profe, meu aniversário é hoje mas nasci no dia 26 de abril de 2002, então eu entendi que aniversário se faz todo ano e nascimento é só um dia num determinado ano, no meu caso foi em 2002”.
Nossa... me tirou um peso. Então percebi que estava no caminho certo do meu objetivo que era fazer com que meus alunos notassem esta diferença, entre a data de aniversário e a data de nascimento, que para nós adultos, se torna tão óbvio, que esquecemos muitas vezes desta dificuldade para os pequenos. No decorrer da aula, outros colegas foram relatando e percebi a compreensão do tema apresentado. É a interação entre o sujeito ensinante e aprendente.
Ensinar não é transmitir conhecimentos, mas sim produzir condições de aprender criticamente.
Para Freire e Betto (2001), o educando é o protagonista do processo educativo e o educador é a pessoa que vai ajudar a explicitar e sistematizar o que a vida e o contexto dos educandos fornecem como elemento.
Na sequencia das atividades, desenharam seus auto-retratos para ser colocados junto aos nomes e datas dos aniversários no cartaz.
Ficaram maravilhados quando expus na parede da sala de aula o cartaz com os nomes e as datas de nascimento.