quinta-feira, 24 de junho de 2010

REFLETINDO

Ao realizar minhas reflexões da semana, vejo o quanto a teoria é importante para nortear minha prática. Volto, releio e, sinceramente, tenho me sentido mais segura e fortalecida nas atividades que desenvolvo com as crianças. O meu grande aprendizado, quanto a isso, é que não se pode mais exercer uma prática sem mergulhar, também, na teoria.
A afirmação de que "a teoria na prática é outra", pode até ser constatada, mas não justifica desqualificação da teoria. Uma joga luz sobre a outra e se transformam permanentemente. Até porque a teoria não é para ser aplicada apenas, senão cairíamos nas raias do autoritarismo. A teoria é formulada, sempre, já a partir de outra prática que por sua vez também já modificou a teoria existente anteriormente. A teoria é utilizada para ser mediada e ao encontrar a prática, ser refutada ou comprovada a partir daí, auxiliar em tomadas de decisões a respeito de uma prática que venha mais ao encontro dos desejos de quem pratica. Ao praticá-la tenho encontrado vários pontos complementares entre vários pesquisadores e percebo que a teoria realmente facilita minha prática, me fornecendo subsídios para perceber mais claramente o que está acontecendo com as crianças, quais suas dificuldades e onde encontram facilidades que sobre as quais posso incidir.
Apesar de ter o hábito da leitura, após o PEAD, minha visão se ampliou.

E agora chegando ao final do estágio supervisionado, quero deixar aqui minha gratidão, especialmente à professora Dóris e a tutora Luciane, em poder contar com seu apoio e dedicação, que dispensaram de seus preciosos tempo, para fazer visita em minha escola, o acompanhamento e atualizações de conhecimentos, no cuidado em transmiti-los, as dicas, a paciência, etc.
Reconheço o exemplo de profissionalismo de tão alto nível, o qual ficará para sempre.

sábado, 12 de junho de 2010

TRABALHANDO O CONCRETO






De acordo com a Revista Nova Escola seção Grandes Pensadores, página 33: "Maria Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que as crianças exploram e decodificam o mundo ao seu redor."
Pude mais uma vez constatar este fato esta semana através de uma atividade para compreender a adição e a subtração de quantidades de valores na matemática utilizando o material dourado. Foi incrível observar os alunos trocando quadradinhos (unidades) por barrinhas (dezenas) e vice-versa. Depois de todo um trabalho foi um prazer vê-los conseguir por no papel, coisa que eu tinha dificuldade de trabalhar, pois minhas dúvidas estavam justamente em como fazer para que eles entendessem este processo e nada melhor do que de forma concreta. Mais uma vez fica bem definido que quando o aluno trabalha manuseando ele consegue identificar melhor o que se está aprendendo.









terça-feira, 8 de junho de 2010

ESPERANÇA

Esta semana analisando o meu aluno com dificuldades de aprendizado, pensei sobre os desejos de aprendizagem, pois às vezes parece que aquele entusiasmo que temos com nossos alunos quando estão sendo alfabetizados, dá força para conseguirmos o objetivo. Mas quando estamos com um aluno a cinco anos no 2º ano (12 anos de idade), penso, onde foi parar o desejo de aprender? Será que ainda resta algum?Como diz a frase, "não depende somente de mim, dos meus desejos, mas que os outros façam por mim também", em especial na aprendizagem, pois se o professor não acreditar mais, quem será que irá?É imprescindível considerar a história de vida do aluno, resgatar a autoconfiança, autorizando-o a ser autor de sua própria história de vida e de seus desejos. Acreditar e trabalhar para isto.Penso que muitos desistem por isto, alunos e professores, pois é muito difícil, o peso da repetência, do “fracasso” ainda é grande entre os alunos, resgatar a auto-estima de um aluno nestas condições é algo quase que surreal.Meu aluno não tem desejo de aprender, a escola para ele não faz mais sentido, pois todos pensam que escola é lugar de aprender, e o que ele aprende lá? O que vai mudar em sua vida com esta aprendizagem?Tudo isto é um dilema nas escolas ainda, pois não temos respostas para tudo. E quando tudo dá errado, só nos resta o amor que temos pelos alunos. Amar o que fazemos e nossos alunos é uma solução de mestre, não podemos fazer milagres, não temos receitas, e nem o dom da perfeição, mas podemos fazer a diferença na vida deles com muito amor e carinho.O progresso no conhecimento ocorre através de um conflito cognitivo, isto é, quando na presença de um conhecimento (objeto) não assimilável o sujeito sente-se forçado a modificar os seus esquemas assimiladores. O sujeito necessita realizar um esforço de acomodação que tenda a incorporar o que resultava inassimilável. É papel do professor estar atento aos momentos cruciais em que o aluno é sensível a perturbações e a contradições na área de construção do conhecimento, para que assim posso ajudá-lo a avançar no sentido de uma nova reestruturação.ReferênciasSÍNTESE[1] DO LIVRO “PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA”[2][1] Esta síntese foi produzida pela Profa. Dranda Jaqueline Santos Picetti e pela Profa. Dra. Annamaria P. Rangel. Ela é composta dos capítulos 1, 2, 3, 4, 5 e 8, sendo excluídos os capítulos 6 e 7[2] FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.



quinta-feira, 3 de junho de 2010

AVALIANDO

Fiz uma pequena avaliação, esta semana onde os alunos teriam que ler, interpretar e realizar atividades envolvendo os conteúdos trabalhados. É um sistema de avaliação já antigo, mas como a idéia do estágio, para mim, é de testar as mais diferentes formas de avaliação, não poderia deixar de utilizar essa.Acredito que na observação diária consigo entender bem mais o processo de aquisição de aprendizagem por parte do aluno, porque na prática é mais fácil, pois eles estão experimentando, testando, e logo, conseguem demonstrar o que aprenderam ou não. Ainda é um pouco difícil para alguns fazerem essa representação escrita, porém continuarei tentando. A avaliação é fundamental seja pela confirmação do acerto da prática, seja pela possibilidade de se refletir e buscar alternativas de caminhada. “A finalidade maior da avaliação da aprendizagem, dentro de um horizonte de uma educação dialética-libertadora, numa abordagem socio-interacionista, é ajudar a escola a cumprir sua função social transformadora, ou seja, favorecer para que os alunos possam se desenvolver” (Celso Vasconcellos, 1998: 82). Para mim, seja qual for a avaliação, ela sempre me auxiliará enquanto educadora a desvendar o que falta para que os meus alunos atinjam os objetivos e habilidades almejadas, a avaliação norteia para a finalidade da educação, abrindo um leque de caminhos a trilhar para que tudo ocorra bem